- - Devo o meu dom e o meu amor pela escrita a você, que dedicou tardes e mais tardes para me ensinar a ler e escrever enquanto eu era apenas uma menininha bochechuda e mimada.
- - Sou uma romancista e escrevo sobre o amor, que também é algo que a senhora me ensina todos os dias, de milhares de maneiras diferentes e se tem alguém da minha vida que merece um texto, é você.
1 FELIZ ANIVERSÁRIO MAMÃE!!
1 MIOPIA DE UM CIGARRO RASTEJANTE
0 Maçãs são incríveis
Já fazem 7 meses que só escrevo sobre isso. O início, o meio, e essa coisa que chamamos de "fim". Muitos textos publicados, outros vistos por poucos e alguns que nem eu teria coragem de ler de novo. Esse seria mais um texto sobre como tivemos um relacionamento confuso, talvez só eu tenha sentido o impacto e já que você não tem mais o que me dizer, também te darei de presente meu silêncio. Dentro disso, falarei sobre maçãs. Já reparou no quanto as maçãs são incríveis? Vermelhas ou verdes, algumas misturam as duas cores e todas representam o fruto da paixão! As maçãs são incríveis, ajudam na voz e só trazem dentro delas 60 calorias, o que equivale a uns 25mim de esteira na velocidade de 4m/s.
Nossa! As maçãs são realmente incríveis, como é bom dedicar um texto para coisas boas.
0 Sentimentos não pagam passagem: Uma história nos ombros de Ana
São 5:55 e eu não queria estar acordada sentindo minha fronha úmida e relembrando que bom, ontem foi só mais uma daquelas noites em que a vida lá fora se cala e tudo aqui dentro de mim resolve fazer barulho. Muito barulho. Era eu, minha cama e minha almofada que escutava meus desabafos, meus gritos abafados pelo medo de que alguém acorde e me pergunte "Tudo bem?", esse tipo de pergunta nunca é bem vinda em situações desse tipo. Não lembro direito quando dormi, mas sei que acordei com os olhos inchados, o corpo doendo devido a mau noite de sono e mesmo assim, eu não chorava mais por fora e parece que minha lágrimas preferiram ficar dentro de mim (talvez seja o frio) e se transformaram em uma pontinha de dor difícil de explicar. É algo que dói láaaa dentro, parece tímido mas é constante, incomoda e qualquer sinalzinho de uma emoção mais forte, BUM! A bomba explode.
Não gosto de me sentir assim, impotente para resolver situações que me envolvam e quando o assunto é emoção eu não sou inteligente, não mesmo. Eu confesso, chamo, insisto, espero e até hoje não sei porque nada deu certo. Talvez a minha crença de que se o " Boa Noite/Bom dia!" fossem um "Eu amo você" ou todos aqueles "Não sei" fossem "Saudades" e todas as palavras não ditas pelo maldito sentimento denominado "medo" eu estaria mais na paz e as madrugadas não seriam assim tão frias. Mas enfim, voltando ao fato de não ser inteligente... Acordei com esse incômodo torturante e sem aguentar mais em reler aquela conversa de ontem e me lembrar de quanto é fácil se perder no abismo que é pensar e sentir, eu joguei meu celular longe. Espatifado em pequenos pedaços no chão eu o deixei e fui sair para dar uma clareada nas ideias.
O arrependimento começou a bater do mesmo modo que o celular bateu na parede mas aí eu lembrei que talvez seja melhor eu ficar sem conversar com ele, ou vê-lo, ou ler o que ele escreve. Eu nunca quis ser a dúvida de ninguém.
Saí de casa levando meu eu físico e todos aqueles sentimentos confusos que mesmo sendo bem pesados, graças a Deus não pagam passagem. Ia pegar outro ônibus mas parei para tomar um sorvete e por talvez uns 0,3s eu o perdi.Culpa do sorvete.Eu e essa minha mania de perder as coisas por motivos bobos. Na minha frente havia uma garota andando lentamente, como se pouco se importasse em perder o ônibus. Fiquei admirada com sua precisão, olhar fixo e li que no seu cordão estava escrito "Ana", palavra hebraica que significa "graciosa" ... E quanta graciosidade Ana foi capaz de exaltar em poucos segundos que fiquei do seu lado. Ela era incrível com seus cabelos longos e suas formas perfeitas... Acho que reparei tanto que a moça se virou pra mim e perguntou "Tudo bem?". A pergunta ecoou na minha cabeça, olhei para seus olhos escuros que penetravam os meus a procura de uma resposta e a pergunta que mais odeio em momentos chatos fez meu coração disparar, a pupila dilatar, as mãos tremerem, as pernas bambearem, a perca de sentidos e BUM! A bomba explodiu.
Comecei a chorar envolta de soluços e lágrimas que disputavam corrida pelas montanhas das minhas bochechas e Ana me abraçou, como se me conhecesse a muitos anos ou como se soubesse o meu nome. Desabafei enquanto molhava sua blusa amarela e contei tudo que queria, disse cada detalhe, mostrei cada dor e nunca tinha me aberto tanto com ninguém.
Após um tempo, nos apresentamos e Ana me mostrou sua " Teoria das Caixas". Me ensinou a separar as coisas em caixas e da importância de organizar o nosso armário emocional. Peguei seu telefone (mas ainda não sei como ligarei), me despedi da garota mais graciosa que já conheci no mundo, prometi lhe dar uma nova blusa amarela e fui embora. Cheguei em casa e peguei uma caixa rosa com detalhes de bolinhas em vermelho e cobri com mais alguns desenhos, dentro dela coloquei paciência, carinho e o meu amor. Estou cuidando das outras caixas e torço fielmente pelo dia em que irei abrí-la sem que a bomba exploda.
0 A complexidade de tudo que acaba
Fique parado aí bem onde você está. Já parou pra pensar que agora, neste exato momento, em milagres de lugares do mundo muitas coisas estão se desfazendo? Amizades, vidas, amores, aulas, doces, almoços, jantas, conversas, viagens, brigas e que nenhuma delas Jamais serão esquecidas e que o tão grandioso "grand finale" não passe de algo em que se diz ao final dos contos de fadas? E eu vou ser sincera pra vocês... Nunca acreditei que as coisas realmente tivessem um fim.Porra, mas e daí que a princesinha que comeu a maçã estragada agora tá feliz e casada? Tudo que o autor conta da vida dela nunca será esquecido pela própria Branca de Neve e eu tenho certeza que em todas as noites quando ela deita e o príncipe tá slá, caçando uns bicho no mato e ela abraça o travesseiro é porque ela lembra das noites frias na floresta e sente medo, ela lembra do medo. Ok, exemplo ridículo. Mas pense: As coisas, o acaso e um caso nunca acabam porque sempre vamos lembrar, questionar e pensar: Por que, caramba?
O final é algo tão absoluto, tão diferente para cada um e eu vou te confessar uma coisa, os meus finais sempre passam em um V. E. L. O. C. I. D. A. D. E. M. U. I. T. O. P. E. Q. U. E. N. A e eu tenho essa mania de remoer conversas, acontecimentos e dentro de mim guardo um museu de inícios e meios sem finais, até porque eu odeio finais.
Esse deveria ser o último parágrafo onde eu te jogo uma lição de moral e um ponto final, mas vou ser sincera ( porque acho que você já foi entendeu) e dizer que não, não acabou, nunca acaba e Isso é a certeza de que tudo terá sempre uma chance de ficar bem pq "o final" é só um dia após o outro...