10 DE JUNHO DE 2015, AS 20:40
É junho, e nesse tempo a fogueira está acesa e alta na rua, as pessoas levantam poeira enquanto dançam com seus vestidos coloridos e bochechas pintadas, as crianças comem seus doces em ritmo de desespero e tudo parece muito alegre e animado.
Amo todos essas raízes rurais que uma quadrilha reproduz e de tudo isso que vemos, a minha paixão é a sanfona. Me identifico com esse instrumento e toda sua complexidade divididas em 78 botões, 1 teclado e alguns elementos que não sei nem o nome. Ao ver o sanfoneiro tocando o acordeão como se fosse algo fácil eu dou risada por reparar em suas feições que acompanham a música e em seu riso banguelo e sincero. Em sua mão a sanfona brilha em um vermelho reluzente e não consigo parar de olhar e escutar o som que vinha dela.Era uma hora alto, outro baixo, por segundos silenciosa e outras emitia um som estridente.Ia e voltava, ia e voltava, voltava e ia. Todo esse ciclo de repetição, idas e voltas me fez lembrar que sou assim o tempo inteiro e que meu pobre coração partido sente e esquece, acorda bem e outros dias mal. Tentando ser inteiro, meu pobre coração se tornou sanfoneiro.
11 DE JUNHO DE 2015, ÁS 6:28
Não importa se ontem a folia foi boa e que pude esquecer um pouco o peso no meu peito, mas hoje é dia 11, e essa data me destrói. Se não fosse por desencontros, erros e uma grande dose de orgulho eu estaria comemorando 6 meses de namoro e seria uma data muito feliz, mas... O final da linha do amor será sempre o ódio. A melodia baixa da sanfona ecoou na minha cabeça, deixei que ela guiasse minha solidão e sem caber no coração senti as lágrimas e a vontade de gritar pro mundo "Volta que eu tô disposta a recomeçar e quem sabe ser feliz mais uma vez, seria um prazer." Existem dias que a saudade não bate, ela espanca. Tento me confortar de todas as maneiras, mas hoje meu coração sanfonado decidiu tocar a parte triste da melodia e escolheu a (Sol)idão.
DIA 12 DE JUNHO (Dia dos namorados erro) DE 2015, ÁS 4:57
Era uma pena acordar de madrugada e ver no celular que ainda são 4:57, estou cansada e dentro de mim trago um peso terrível de dúvidas que preenchem as falhas feitas no meu pobre coração que hoje, não acordou bem mais uma vez. Dentro da minha cabeça e levada pela tristeza que a noite carrega e trouxe para a mim as partes em que o sanfoneiro tocava em um ritmo baixo e levada por essa melodia triste me senti aban(Dó)nada e deitada na cama esperei que o dia chegasse para (Mi) levar dali.
Ás 15:32, a sanfona ainda tocava triste na minha mente e não importa o que eu fazia, as lembranças me incomodavam e me tiravam o foco de tudo. Nesses dias ruins me resta esperar que o bom humor volte e rezar para que a paz chegue amanhã e não vá embora nunca mais!
(Lá) se vai mais um dia e meu coração sanfoneiro já está cansado desta triste melodia...
13 DE JUNHO DE 2015, ÁS 9:43
Após dois dias com a sensação vazia e fria dentro de mim, me enchi de pensamentos positivos e coloquei tudo o que sentia para fora em forma de poesia, música, dança e algumas lágrimas que insistiram em descer. Me senti melhor, livre e quando me vi no espelho lembrei do sorriso do sanfoneiro e quando o som do acordeão era alto e levantava a multidão. Hoje meu coração decidiu que a música seria alta, alegre e durante o resto do dia me senti feliz e cheia de energia!
14 DE JUNHO DE 2015 ÁS 11:37
Hoje minha sanfona toca uma música de fim de tarde.Não é rápida e nem lenta, é confortável e duvidosa. Hoje estou bem, mesmo com um vazio que já se faz presente em todos os dias (eu deveria dar um nome para ele até). Confesso que nesses dias em que estou equilibrada eu penso em tudo, tento achar uma lógica em tudo que passei, encaixo peças do quebra-cabeça no mesmo tempo em que desencaixo outras milhares mas sentada na varada da minha casa e sentindo o balançar da rede, fechei os olhos e senti meu coração sanfoneiro tocando melodias na tentativa de ser outra vez perfeito.
13 DE JUNHO DE 2015, ÁS 9:43
Após dois dias com a sensação vazia e fria dentro de mim, me enchi de pensamentos positivos e coloquei tudo o que sentia para fora em forma de poesia, música, dança e algumas lágrimas que insistiram em descer. Me senti melhor, livre e quando me vi no espelho lembrei do sorriso do sanfoneiro e quando o som do acordeão era alto e levantava a multidão. Hoje meu coração decidiu que a música seria alta, alegre e durante o resto do dia me senti feliz e cheia de energia!
14 DE JUNHO DE 2015 ÁS 11:37
Hoje minha sanfona toca uma música de fim de tarde.Não é rápida e nem lenta, é confortável e duvidosa. Hoje estou bem, mesmo com um vazio que já se faz presente em todos os dias (eu deveria dar um nome para ele até). Confesso que nesses dias em que estou equilibrada eu penso em tudo, tento achar uma lógica em tudo que passei, encaixo peças do quebra-cabeça no mesmo tempo em que desencaixo outras milhares mas sentada na varada da minha casa e sentindo o balançar da rede, fechei os olhos e senti meu coração sanfoneiro tocando melodias na tentativa de ser outra vez perfeito.
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